Agora são 3h40, na madrugada de quinta-feira (5). Não sei
se foi insônia, ansiedade ou algum sonho me acordou. Levanto; olho pela janela a solidão da noite
lá fora. Só consigo ver folhas se mexendo nas arvores por causa do leve e suave
vento. Puxei a cadeira e sentei. Liguei o computador que está em cima da mesa e
veio na mente escrever sobre PROMESSAS.
Segundo o dicionário Houaiss, a palavra PROMESSA
significa um compromisso oral ou escrito de realizar um ato ou assumir uma
obrigação. Isso me faz lembrar-se de
acontecimentos em nossas vidas. Já parou para pensar quantas promessas ouvimos
ou já fizemos até agora?
Quando crianças ouvimos promessas de nossos pais em
diversos quesitos. Talvez se nos comportássemos na escola, na casa de um
parente ou coisas desse tipo poderíamos ganhar um presente, uma regalia por tal
feito. Essas e muitas outras, você, caro leitor, estimada leitora irão se
lembrar. Quando estamos na adolescência, momento de descobertas e rebeldias. Prometemos
aos nossos pais chegar no horário combinado, alguns cumpriam, outros contavam
histórias para se safar do castigo. Esses são pequenos exemplos para nossa
reflexão, ou melhor, como diz o nome da página deste jornal, para provocações
em nossas mentes.
Quando estamos adultos a coisa aparenta mudar de figura.
Estamos mais velhos, experientes e achamos que dificilmente seremos enganados,
não é mesmo? Talvez sim, talvez não. Provoque sua mente. Aos casados, há a promessa
de felizes para sempre como nos contos de fadas. Com amigos há promessas de
lealdade e muitos acabam nos decepcionando. Traem-nos e apunhalam pelas costas.
Em tratos comerciais acabamos acreditando nas promessas de pagamentos nas datas
corretas e não são cumpridas. Aí já entra o desespero em pensar: será que um
dia vou receber? Na religião também há as mais diversas promessas. Conheço
gente que vende até um terreninho no céu, prometendo para o coitado do fiel uma
vida segura e prospera lá em cima. E o que falar de políticos?
Aí são promessas que não acabam mais. Já vimos político messias,
do povo, ditador, analfabeto, estudioso, especialista, comediante, ator pornô,
sambista e assim por diante. Todos com as mais belas promessas. Se vão cumprir
ou se cumpriram o que prometeram aos seus eleitores, já é outra história. Somente você poderá saber, afinal, o voto de
confiança em suas promessas foi seu.
Mas, será que criamos muitas expectativas nas promessas e
culpamos os outros? Pode até ser, mas, mesmo adulto ou mais idoso, temos o
mesmo pensamento de uma criança – ‘não prometa aquilo que não se possa
cumprir’. E assim seguimos nossa a vida com essas promessas e nos iludimos em
acreditar nelas. O sol está raiando e eu parando de escrever esse texto que
ninguém vai ler por ser uma pequena viagem.
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