O livro Agosto de Rubem Fonseca, mistura ficção e
história. É uma narrativa policial que traz romance, violência, escândalos políticos
e a imprensa brasileira.
O
livro já começa assim, no dia 1º de agosto de 1954, no Rio de Janeiro, capital
da República, um empresário é assassinado e outro crime é planejado na sede do
governo federal. O atentado frustrado contra o jornalista Carlos Lacerda,
opositor de Getúlio Vargas, causará uma das maiores reviravoltas da história do
Brasil.
Um dos maiores sucessos de crítica de Rubem Fonseca, Agosto nos
questiona: em que medida a história de uma pessoa e a história de um país se
determinam, se diferenciam e se assemelham? Ao misturar com maestria história e
ficção, o autor encontra a resposta: a boa literatura.
Eu particularmente gostei muito da narrativa mesmo ela dando
umas quebradas na sequência da leitura. Além de resgatas o bom e velho
jornalismo muitas vezes traz a questão da importância dos jornalistas serem
imparciais. Ao mesmo tempo deixa uma dúvida sobre: Jornalista é realmente imparcial?
Aí já é uma longa história.
Mattos, um comissário da policia me chamou atenção pela
forma de trabalhar e pelo amor a profissão. Algo raro nos dias de hoje. Quem
ler a obra poderá voltar à história e tirar suas conclusões sobre o que pode
ser ‘história ou estória’. Algumas pessoas se identificarão com acontecimentos,
fatos possivelmente reais e outros não. A narrativa da obra é bem simples,
intensa e imparcial, sem fazer críticas ao momento relatado, no entanto, faz o
leitor tirar suas próprias conclusões.
Mas, tudo que li no livro tem um pouco
de verdade, principalmente quando envolve política, poder, mulher e dinheiro. Quatro
coisas incrivelmente sedutoras desde que o mundo é mundo. Aos leitores dessa incrível
obra contemporânea eu só posso dizer: boa leitura e viaje no tempo. Pense se
acontecimentos do passado ainda acontecem nos dias atuais.
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