terça-feira, 20 de março de 2018

Nhá Rita e Leco Borba; os contadores de histórias Caiçaras


*Nhá Rita e seus causos engraçados 

Hoje foi dia de visitar a casa de um casal caiçara, bem conhecido e amado em Caraguá. Você sabe quem é? Eu tenho o privilégio de conhecê-los. É a Nhá Rita e o sr Leco Borba. Eles vivem na sua casinha humilde e tradicional, aqui no município. Procuram manter a tradição caiçara, mesmo com tanta tecnologia. Afinal, o que adianta ter tudo nas mãos se o mais gostoso da vida são as descobertas?

Infelizmente, o Leco Borba estava no mar pescando e ia chegar muito tarde. Desta vez eu não consegui ajudar ele a arrumar sua rede de pesca. Teve que ficar para outro dia. 
Enfim, tomei café com a Nhá Rita. Simpática e muito engraçada sempre tem um causo interessante.  Além de boas histórias e um ótimo café de garapa, fiquei sabendo que o Leco Borba foi engolido por uma baleia gigante e ficou 3 dias em alto mar. Mas voltou cheio de peixes para sua casa. E com mais histórias.

Nem preciso falar; todo causo que ouço da Nhá Rita, ou eu choro de rir, ou eu choro de rir. Curioso que sou, eu até perguntei a idade dela, afinal eu os vejo há anos. Acredita que ela tem apenas 30 anos? Perguntei como ela pode ser tão jovem e ela me disse que são os chás caiçaras.  Bom, eu comi banana, tomei café e papiei muito. De lá fui para minha humilde casa de barriga cheia.

*Atriz Rita Brugnerotti

Faltam adjetivos para falar dessa grande mulher. Eu admiro muito seu trabalho como Nhá Rita e Leco Borba, o ator Ângelo Pereira.
Primeira coisa que admiro nela; nunca a vejo ela triste. Às vezes não sei separar a atriz da Nhá (rs).

Rita tem um histórico de trabalho muito bacana, como atriz profissional já participou de eventos no Revelando São Paulo, Cajati, entre outros. Na cidade de Caraguá ela participa de eventos no Museu, na UPA, AME entre outros. O que mais me chama atenção é o trabalho realizado na Santa Casa. 

Por onde passa, leva sua alegria aos enfermos. E um bom sorriso faz toda a diferença. Além de ser poliglota, Rita vive se atualizando, como em um dos seus cursos com professores internacionais, realizado pelo “Boca do Céu”.

Sobre ser contador de histórias, Rita me disse, “o contador de história é nato. Ou você é ou você não é. Como cantar ou dançar. Eu posso até ter a teoria, as técnicas; mas será que isso fará da pessoa um bom cantor, ou um bom dançarino? Se eu cair do ônibus antes de voltar pra casa, pode ter certeza que disso eu conto uma história. Quem é contador de história é sempre contador de histórias”.   

Já sobre a importância do seu trabalho ela concluiu, “esse trabalho tem uma grande importância, eu tenho a missão de levar alegria por onde passo. Nesse trabalho que desenvolvo na Santa Casa vejo muito isso. Às vezes as pessoas estão tristes, desanimadas e quando vamos lá contar um causo, tudo isso muda. Até a postura das pessoas mudam. Então levar essa alegria faz parte de mim.”

Na vida triste que as pessoas vivem; um mais viciado que o outro quando o assunto é tecnologia, nada mais saudável que rir. Por isso fiz essa singela homenagem em comemoração aos contadores de histórias, data criada em 1991, na Suécia.
Feliz dia à todos os contadores de histórias.


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