terça-feira, 25 de julho de 2017

"Escrever é transmitir vida e emoção": Dia Nacional do Escritor


Pobres dos escritores que não se derem conta disso: escrever é transmitir vida, emoção, o que conheço e sei, minha experiência e forma de ver a vida.”
Jorge Amado 

Hoje, no Brasil, é comemorado o Dia Nacional do Escritor. A data surgiu na década de 60, durante o I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, sob a presidência de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, um dos principais nomes da literatura nacional. Uma homenagem a todos aqueles dedicados, amantes das palavras através da escrita, com diversas habilidades e um vasto conhecimento, criatividade, além de um ótimo vocabulário.

Realmente escrever faz muito bem, saca? Como jornalista eu sempre amei escrever, muitas vezes procuro me policiar para não sair do foco. Dizem, “para escrever bem é necessário ler também”. Eu concordo plenamente, tudo é um conjunto; e realmente precisamos ler e escrever.
Sou livre para escrever, claro, com muita responsabilidade, afinal, se você tem liberdade na escrita tem que arcar com o peso dessa responsabilidade, ou seja, “escrever é para quem ama de verdade escrever, não é para aventureiros”.

Tentei reunir os escritores que lembrei...

Monteiro Lobato

Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções. Ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, livros sobre a importância do ferro (Ferro, 1931) e do petróleo (O Escândalo do Petróleo, 1936). Escreveu um único romance, O Presidente Negro, que não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Pica-Pau Amarelo (1939).

Carlos Drummond de Andrade

Mineiro de Itabira, Carlos Drummond de Andrade foi um dos principais poetas da literatura brasileira. Sua principal obra é ‘A Rosa do Povo’, publicada em 1945, que reúne 55 poesias que retratam o cenário angustiante da época no Brasil e no mundo.

Clarice Lispector

Jornalista e escritora, foi uma das principais autoras da literatura brasileira – apesar de ter nascido em Chechelnyk, na Ucrânia, em 1920. Clarice veio para o Brasil com os pais aos 2 anos de idade e sempre insistiu em reforçar a sua brasilidade. Seus principais livros foram ‘A Hora da Estrela’, ‘A Paixão Segundo G.H.’ e ‘Laços de Família’.

Ariano Suassuna

Suas principais obras foram ‘O Auto da Compadecida’ e ‘A Pedra do Reino’. Ariano Suassuna foi eleito em 1989 para ocupar a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras.

Érico Veríssimo

O escritor e tradutor nascido na gaúcha Cruz Alta, em 1905, viu o romance ‘Olhai os Lírios do Campo’ ganhar repercussão nacional e internacional em 1938. Mas foi com a saga ‘O Tempo e o Vento’ – dividida em ‘O Continente’, ‘O Retrato’ e ‘O Arquipélago’ – que Érico Veríssimo obteve reconhecimento inquestionável, em uma das obras mais importantes do Rio Grande do Sul e da literatura brasileira.

Luís Fernando Veríssimo

Filho de Érico Veríssimo, o também gaúcho Luís Fernando Veríssimo é um dos principais escritores contemporâneos do Brasil. Sua obra contempla textos, crônicas, contos, novelas, romances. Veríssimo nasceu em 1936 e criou personagens como Ed Mort, o Analista de Bagé e a Velhinha de Taubaté, além das famosas coletâneas de crônicas e contos ‘Comédias da Vida Privada’, ‘Comédias para se Ler na Escola’ e ‘As Mentiras que os Homens Contam’.

Graciliano Ramos

Alagoano de Quebrangulo, nascido em 1895, Gracialiano Ramos chegou até a ser prefeito da cidade Palmeira dos Índios antes de lançar suas principais obras literárias. Como escritor, suas principais obras foram ‘São Bernardo’ e ‘Vidas Secas’ – além de ‘Memórias do Cárcere’, publicado postumamente, em 1953, mesmo ano de sua morte.

Guimarães Rosa

Médico, diplomata e um dos principais escritores de todos os tempos da literatura brasileira. A leitura de João Guimarães Rosa não é fácil, mas é cativante. O autor, bastante erudito, inovou na linguagem que utilizou em suas obras, condensou e inventou palavras, e escreveu livros importantíssimos como ‘Sagarana’, ‘Grande Sertão: Veredas’ e ‘Primeiras Estórias’.

Jorge Amado

O baiano de Itabuna é um dos escritores brasileiros mais reconhecidos em todo o mundo. Jorge Amado teve livros traduzidos para 49 idiomas e recebeu diversos prêmios internacionais. Seus principais romances foram ‘Dona Flor e Seus Dois Maridos’, ‘Capitães de Areia’, ‘Tieta do Agreste’, ‘Gabriela, Cravo e Canela’, dentre muitos outros.

Paulo Coelho

Muita gente torce o nariz, mas é inegável o sucesso dos livros de Paulo Coelho, lidos no mundo inteiro: ele é o escritor de língua portuguesa mais vendido no planeta, com mais de 190 milhões de cópias comercializadas. Sua principal obra é ‘O Alquimista’, traduzida para 80 idiomas.

Manuel Bandeira

Um dos principais poetas que o Brasil já teve, Manuel Bandeira tinha versos simples e diretos, que diziam pouco e significavam muito. O pernambucano do Recife (Recife, não a Veneza americana, como cita no poema ‘Evocação do Recife’), nascido em 1886, foi também um dos principais nomes da Semana de Arte Moderna de 1922. Bandeira, que sempre demonstrou em suas obras a melancolia por ser tuberculoso e poder morrer jovem.

Mário de Andrade

Poeta e romancista nascido em São Paulo no ano de 1893, Mário de Andrade também foi um dos principais nomes da literatura modernista brasileira e da Semana de Arte Moderna de 1922. Suas principais obras foram ‘Macunaíma’ e ‘Pauliceia Desvairada’.

Rubem Alves

O mineiro de Boa Esperança produziu crônicas, livros infantis, livros de religião, de ciência, de educação, de teologia. Rubem Alves também era educador, tinha doutorado obtido nos Estados Unidos, psicanalista e professor universitário.

Rubem Fonseca

Mineiro de Juiz de Fora e ainda vivo, Rubem Fonseca, nascido em maio de 1925, também é nome importante da literatura contemporânea no Brasil. Possui um estilo forte, com temas sobre violência e sexo. Suas principais obras são ‘Agosto’, ‘O Caso Morel’ e ‘O Selvagem da Ópera’.

Vinícius de Moraes

Foi poeta e compositor, porque a música também é uma poesia cantada. Carioca nascido em 1913, o poeta lírico batizado Marcus Vinícius de Moraes assinou versos emblemáticos da cultura brasileira, como as canções ‘Garota de Ipanema’, ‘Eu Sei que Vou Te Amar’ e ‘Chega de Saudade’ (todas com o amigo Tom Jobim). Sem falar, é claro, no ‘Soneto de Fidelidade’. Afinal, quem nunca ouviu os versos sobre o amor ‘Que não seja imortal, posto que é chama; Mas que seja infinito enquanto dure”?

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Um comentário:

  1. Acho legal falar de alguns autores que estão começando, já que são o futuro da nossa literatura né? hehe Como por exemplo Raphael Montes!

    Beijos
    www.ooutroladodaraposa.com.br

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