terça-feira, 20 de junho de 2017

Escritora Carina Rissi participa pela primeira vez de evento literário no litoral norte e fala com exclusividade ao TJM

 
Foto: Divulgação
O programa “Viagem Literária” está cheio de novidades e durante o mês de junho escritores de literatura juvenil estará em 90 bibliotecas do estado de São Paulo. Caraguá, Ilhabela e Ubatuba recebem a escritora Carina Rissi, que vem ao litoral pela primeira vez a trabalho para bate-papos, autógrafos e muitas fotos, nos dias 26, 27 e 28 de junho. Carina é autora da série “Perdida” e de outros Best-Sellers como "Procura-se um Marido", "No Mundo da Luna" e "Mentira Perfeita". 

Já vendeu mais de 300 mil exemplares e teve seus livros publicados em Portugal, na Rússia, na Ucrânia e na Itália. A escritora é muito simpática e possui uma criatividade intelectual que deixa muitos escritores com inveja, bateu um papo com o TJM e contou algumas curiosidades, por exemplo: como administra seu tempo, quais suas expectativas para o evento que será realizado no litoral e muito mais. Bora aproveitar e ver o que ela disse.  

Tudo Junto e Misturado – Quais são suas expectativas para o evento no litoral norte?

Carina Rissi – É a primeira vez que vou a trabalho no litoral, nas três cidades (Caraguá, Ubatuba e Ilhabela), e eu estou super ansiosa e empolgada para isso acontecer. O convite da Viagem Literária foi muito incrível, fiquei muito feliz e muito honrada em poder fazer parte desse projeto que é tão bonito e espero que ele possa expandir a nível Brasil, não somente no Estado de São Paulo. Eu gosto dos eventos por isso, gosto da troca desse olho no olho, lá tem conversa, tem risada, tem esse contato direto. E com isso tudo é sensacional.

T.J.M.- Para os escritores, qual a importância de participar desses eventos?

C.R. - Nós escritores, blogueiros, pessoas que estão envolvidas com literaturas em geral, você vê a força que esse tipo de evento tem, especialmente nos jovens; 80% das pessoas presentes nas feiras são jovens, e acho que é onde você conquista mesmo; entre os 14 e 15 anos que você conquista o leitor e ele nunca mais se afasta dos livros.

T.J.M.- Uma das curiosidade é saber como você administra seu tempo para escrever, criar e ainda cuidar da família?

C.R. - (Risos), também me faço a mesma pergunta. Na verdade a gente acaba tendo que se desdobrar assim como todo mundo, agora eu tenho prazo com a editora; e fica um pouco mais apertado o meu tempo. Hoje eu vivo de livros, eu como livros digamos assim; é meu ganha pão,  então faço isso profissionalmente. Eu tento seguir uma regrinha de horários e tal, onde começo as 7 da manhã e vou até 6 da tarde, mas quando está chegando perto do prazo e falta muito para terminar, eu acabo trabalhando de catorze à dezesseis horas.  Ás vezes da saudade da família porque habitamos na mesma casa, mas parece que eu não estou aqui, sempre naquele mundinho, no universo que eu estou criando.  
Também tem aquela questão que quando saímos nem mencionamos nada sobre trabalho, é duro, afinal, quando a gente mexe com criatividade, às vezes só nos afastamos do computador, mas não do trabalho em si, ficamos pensando nele, em uma cena que você está com problema, como você pode melhorar com determinada frase, ou alguma coisa que não está legal no texto, então, estamos longe e ao mesmo tempo não paramos de trabalhar, já aconteceu isso até na fila no Mc Donalds.

T.J.M.- Com um trabalho assim, precisamos de apoio da família. Como a sua encara essa agitação?

C.R. - A família me apoia desde inicio, eles acreditaram no começo falando que poderia dar certo, acho que até mais que eu. Eles vão sempre aos eventos comigo, sempre vamos de carro, só quando preciso ir para o Nordeste, Norte e eu tenho pavor de avião, e parece que quando mais medo a gente tem, mais a coisa chama. Então nos que eu vou de carro, eles sempre vão comigo porque se não, eu não vejo mais a família. Então são bem legais esses momentos na estrada também.  

T.J.M.- Com o crescimento da era digital, qual segredo para se conquistar tantos leitores?

C.R. - Eu acho que muito se deve ao digital, ao universo digital, das redes sociais, para falar bem a verdade. Foi assim que eu comecei, lá atrás em 2011. Com apoio de blogs, de leitores que divulgavam capas dos livros e marcavam outros amigos; eu acho que é uma ferramenta incrível para iniciantes ou não. Paulo Coelho já falou sobre isso, ele dedica uma parte do tempo dele só para as redes sociais. Eu acho que existem vários tipos de entretenimento e o livro é mais um deles. Eu particularmente tenho ebooks, mas também tenho os meus de cabeceira que eu gosto de ir folheando, tenho todos marcados e tal. Então, você está dando espaço para estar brincando, jogando e ao mesmo tempo sendo uma ferramenta essencial de pesquisas e leituras.

T.J.M.- É verdade que dois de seus livros vão virar filmes nacionais?

C.R. – Sim, o Perdida e Procura-se um Marido. Eu já fechei com produtores diferentes, o Procura-se está com a Framboesa Filmes, eu tive um encontro com a roteirista e eu fiquei bem animada. Ela captou direitinho a essência do livro, acho que vai ficar um filme muito bacana e muito divertido, O Perdida está com a Amberg Filmes e esse, eu ainda terei mais informações no meio do ano. Mas irão virar filmes sim.

T.J.M.- Qual sensação te ver seus livros publicados, desde o primeiro até o último?

C.R. – A emoção do primeiro até o último é a mesma, a preocupação, a ansiedade são as mesmas, e eu não vejo muita diferença não.  A única diferença que naquela época eu não conhecia tão bem o mercado, era muito inexperiente, tudo era muito novo, e tudo me assustava mais, hoje eu já estou mais acostumada com isso.

T.J.M.- Como é ver os comentários nas redes sociais ou em locais públicos lendo duas obras?

C.R. – É tudo muito incrível, eu moro em uma cidade pequena, aqui não tem metrô, não tem ônibus, não tem nada. Vamos a pé aos lugares e eu ainda não tive a oportunidade de ver alguém no metrô ou ônibus lendo, mas o pessoal tira foto e me manda. Ainda não consegui entender direito como meu trabalho conseguiu chegar a tanta gente, mas é muito especial esse relacionamento autor leitor, de alguém permitir que você conte uma história, e que você mexa com as emoções, porque é isso que o livro faz conosco, então é tudo muito incrível.


Carina Rissi

Carina Rissi é uma leitora voraz, sempre lê a última página de um livro antes de comprá-lo e tem um fascínio inexplicável pelo tema “amores impossíveis”. Vê nas obras de Jane Austen uma fonte de inspiração.

Quando se desgruda dos livros – tanto dos que lê quanto dos que escreve –, Carina se diverte assistindo a comédias românticas ao lado da família e planejando viagens a lugares exóticos que não conhecerá tão cedo, devido ao seu pavor de avião.

Nasceu em Ariranha, interior de São Paulo, onde mora atualmente com o marido e a filha. É autora da série Perdida e de outros best-sellers como Procura-se um marido, No mundo da Luna e Mentira Perfeita, lançados pela Verus Editora. Carina já vendeu mais de 400 mil exemplares e teve seus livros publicados em Portugal, na Rússia, na Ucrânia e na Itália.

SERVIÇO

Viagem Literária

Encontro com Carina Rissi

Data: 26 de junho, 14h - Ilhabela
Local: Biblioteca Prefeita Nilce Signorini
Av. Princesa Isabel, 2626 - Barra Velha

Data: 27 de junho, 15h - Ubatuba
Local: Biblioteca Pública Municipal “Ateneu Ubatubense”
Praça 13 de Maio, 52 – Centro


Data: 28 de junho, 14h - Caraguatatuba
Local: Biblioteca Afonso Schmidt
Rua Santa Cruz, 396 – Centro

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