Foto:TJM |
Acredito
que a grande maioria já assistiu ao Filme "Tempos Modernos" de Chaplin. Ele é de
1936, um passado dos tempos modernos que vivemos. Sua crítica sobre maus tratos
da classe operária durante a Revolução Industrial pode ser considerada nossa
atualidade. Não vou entrar em todos os detalhes do filme, mas vamos logo falar
do que me chamou mais atenção.
Em uma
fábrica, um operário é trabalha na linha de montagem, onde ele parafusa uma
peça. O patrão nunca satisfeito com a produção pede para seu encarregado
acelerar a máquina.
Ele finalmente sofre um
colapso nervoso e corre, deixando a fábrica no caos. Logo ele é enviado para um
hospital e depois dispensado.
Aí me pergunto, será que
hoje isso mudou? Uma boa pergunta né?
Em
pesquisa realizada em 2012 sobre as condições de saúde e trabalho na América
Central, por exemplo, mais de 10% dos entrevistados relataram se sentir
constantemente pressionados e estressados no trabalho, tristes ou deprimidos,
com problemas de insônia devido às preocupações sobre suas condições de
trabalho.
O impacto do estresse no
trabalho na saúde e produtividade dos profissionais, além de medidas para
reduzir o problema, foi o foco no ano de 2016 da web conferência promovida pela
Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS),
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização dos Estados
Americanos (OEA), onde uma pesquisa
argentina de 2009 mostrou que 26,7% dos profissionais relataram estresse mental
relacionado às cargas excessivas de trabalho.
No Brasil, um estudo sobre
afastamento devido a acidentes e doenças ocupacionais descobriu que 14% dos
benefícios anuais de saúde foram relacionados a transtornos mentais. Por
último, pesquisa de 2011 feita pelo Chile revelou que 27,9¨% dos trabalhadores
e 13,8% dos empregadores relataram casos de estresse e depressão em suas
empresas.
E as informações não param por aí, mas o foco do post é a uma
reflexão sobre como estamos levando a vida dentro do nosso ambiente de
trabalho, se precisamos mudar algumas coisas, afinal passamos de 8 ou até mais
horas trabalhando.
Realmente tenho que tirar
chapéu para o Chaplin, um visionário que usou o cinema e suas linguagens para
realizar duras críticas a sociedade, isso em um tempo não tão evoluído como
hoje.
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