Foto: Internet |
Por Regis Thiago
As redes sociais são usadas como ferramentas de marketing
nos dias atuais, às vezes se tornam uma válvula de escape para desabafos, tendo
até outras utilidades, porém ela está cada vez mais sensacionalista. É
nítido como imagens fortes causam grandes impactos nas pessoas. Não sou muito
adepto de apelações para conseguir conquistar audiências e fãs.
Em uma conversa com o grande jornalista *Mário Rosa, ele
me disse “Só existe jornalismo na perspectiva do outro: em levar informações,
em levar alertas, levantar questões que podem interferir na vida dos outros.
Nossa maior realização pessoal, como jornalistas, é nos sentirmos úteis para o
coletivo”.
Aí eu aqui pensando como jornalista me pergunto, o
sensacionalismo na mídia me torna útil no coletivo? Será que a tristeza
contribui para a questão intelectual, educacional e social do nosso país rumo
ao progresso com uma educação mais crítica e pensante? A meu ver, jamais! Claro
que virão os críticos falar isso ou aquilo, mas sensacionalismo é a manipulação
para o regresso dos intelectuais.
Em 2007 quando iniciei a faculdade de jornalismo, tive
meu primeiro contato com Mário através do seu livro “A ERA DO
ESCÂNDALO" e em seguida tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente em um
evento. Muito atencioso e com um nível intelectual aguçado, me passou seu
contato.
Na hora pensei, mesmo que eu escreva algo por email, ele
jamais me responderá ou me atenderá, sou um simples foca. Mas fui surpreendido
um dia desses, quando abro meu email, estava sua resposta. Ele me dizia, “O
foco deve ser a realização pessoal. Ou seja, essa profissão é aquela que você
nem vai ver as horas passarem? É aquela que mobiliza suas melhores energias e
que lhe dá satisfação? Pois quando isso acontece, acho que naturalmente o
profissional se impulsiona e acaba se tornando o melhor que pode, superando
seus obstáculos por estar motivado e atraído em se desenvolver naquele
ofício. Por isso, se pudesse lhe dar uma orientação é escutar seu coração
e tentar saber se essa é a atividade que realmente lhe desafia e motiva”.
Eu fui motivado pelo amor, por querer fazer mais em prol
das pessoas e hoje estou aqui, na luta usando as ferramentas que sempre digo:
Minha mente, o papel e a caneta.
Então chego à conclusão, não basta ser jornalista por ter
um título de jornalista, por achar que seu MTB tem poder e coisas do tipo. Você
terá mais responsabilidades, essa é a verdade. Não se ache melhor que o outro,
ou muito menos use do sensacionalismo para conquistar fama e glória,
atualmente, as famosas curtidas. Realmente temos que pensar no coletivo. Ajudar
a sociedade a pensar, a questionar e deixá-la decidir quais decisões tomar.
Desde já Mário, saiba que sua contribuição coletiva já é realizada pela semente
plantada por você. Hoje posso dizer, sou JORNALISTA, não com muita bagagem, mas
procurando evoluir sempre.
*Mário Rosa formou-se em jornalismo pela Universidade de
Brasília (UnB). Foi editor da revista Veja e repórter do Jornal Nacional, da
rede Globo. Ganhou por duas vezes o prêmio Esso, o mais importante do
jornalismo brasileiro. No marketing político, atuou ou coordenou oito campanhas
no Brasil e na Argentina. No setor corporativo, foi consultor de imagem e de
crise de algumas das maiores empresas nacionais e multinacionais. Mantém
sociedades com agências como Duda Mendonça & Associados e MPM Propaganda
para projetos de imagem institucional. Em 2004 iniciou um ciclo de palestras em
todo o país. É autor também do livro A Era do Escândalo ? Lições, relatos e
bastidores de quem viveu as grandes crises de imagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário