quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Ser útil no coletivo vai além do medíocre sensacionalismo

Foto: Internet
Por Regis Thiago 


As redes sociais são usadas como ferramentas de marketing nos dias atuais, às vezes se tornam uma válvula de escape para desabafos, tendo até outras utilidades, porém ela está cada vez mais sensacionalista. É nítido como imagens fortes causam grandes impactos nas pessoas. Não sou muito adepto de apelações para conseguir conquistar audiências e fãs.
Em uma conversa com o grande jornalista *Mário Rosa, ele me disse “Só existe jornalismo na perspectiva do outro: em levar informações, em levar alertas, levantar questões que podem interferir na vida dos outros. Nossa maior realização pessoal, como jornalistas, é nos sentirmos úteis para o coletivo”.

Aí eu aqui pensando como jornalista me pergunto, o sensacionalismo na mídia me torna útil no coletivo? Será que a tristeza contribui para a questão intelectual, educacional e social do nosso país rumo ao progresso com uma educação mais crítica e pensante? A meu ver, jamais! Claro que virão os críticos falar isso ou aquilo, mas sensacionalismo é a manipulação para o regresso dos intelectuais.
Em 2007 quando iniciei a faculdade de jornalismo, tive meu primeiro contato com Mário através do seu livro “A  ERA DO ESCÂNDALO" e em seguida tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente em um evento. Muito atencioso e com um nível intelectual aguçado, me passou seu contato. 

Na hora pensei, mesmo que eu escreva algo por email, ele jamais me responderá ou me atenderá, sou um simples foca. Mas fui surpreendido um dia desses, quando abro meu email, estava sua resposta. Ele me dizia, “O foco deve ser a realização pessoal. Ou seja, essa profissão é aquela que você nem vai ver as horas passarem? É aquela que mobiliza suas melhores energias e que lhe dá satisfação? Pois quando isso acontece, acho que naturalmente o profissional se impulsiona e acaba se tornando o melhor que pode, superando seus obstáculos por estar motivado e atraído em se desenvolver naquele ofício. Por isso, se pudesse lhe dar uma orientação é escutar seu coração e tentar saber se essa é a atividade que realmente lhe desafia e motiva”. 

Eu fui motivado pelo amor, por querer fazer mais em prol das pessoas e hoje estou aqui, na luta usando as ferramentas que sempre digo: Minha mente, o papel e a caneta. 
Então chego à conclusão, não basta ser jornalista por ter um título de jornalista, por achar que seu MTB tem poder e coisas do tipo. Você terá mais responsabilidades, essa é a verdade. Não se ache melhor que o outro, ou muito menos use do sensacionalismo para conquistar fama e glória, atualmente, as famosas curtidas. Realmente temos que pensar no coletivo. Ajudar a sociedade a pensar, a questionar e deixá-la decidir quais decisões tomar. Desde já Mário, saiba que sua contribuição coletiva já é realizada pela semente plantada por você. Hoje posso dizer, sou JORNALISTA, não com muita bagagem, mas procurando evoluir sempre.



*Mário Rosa formou-se em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB). Foi editor da revista Veja e repórter do Jornal Nacional, da rede Globo. Ganhou por duas vezes o prêmio Esso, o mais importante do jornalismo brasileiro. No marketing político, atuou ou coordenou oito campanhas no Brasil e na Argentina. No setor corporativo, foi consultor de imagem e de crise de algumas das maiores empresas nacionais e multinacionais. Mantém sociedades com agências como Duda Mendonça & Associados e MPM Propaganda para projetos de imagem institucional. Em 2004 iniciou um ciclo de palestras em todo o país. É autor também do livro A Era do Escândalo ? Lições, relatos e bastidores de quem viveu as grandes crises de imagem.

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