terça-feira, 25 de outubro de 2016

E você, gosta de ler notícia impressa ou online?


Foto: Sabrina Morello

No mês de setembro, tive o privilégio de participar da XIV Semana Institucional do Centro Universitário Módulo, onde foi encerrado um ciclo de palestras do 1° Fórum de Jornalismo Regional do Litoral Norte, com o tema Cadê o Impresso? .
Na mesa estiveram os convidados Claudio Rodrigues, dono do jornal SSIN (São Sebastião Informa), eu como jornalista responsável pelo Expressão Caiçara, e Leonardo Rodrigues, ex editor do Imprensa Livre. A mediação ficou a cargo do Jornalista e professor da própria instituição, Ricardo Hiar onde debatemos sobre o assunto.
Houve uma concordância entre os palestrantes de que o jornal não irá acabar e que ele vive em uma transição. Dentre as minhas pesquisas e defesas, acredito na Teoria Funcionalista, onde há um estudo sociológico no setor de comunicação, principalmente sobre o “mass media” (mídia de massa). A teoria funcionalista estuda o equilíbrio entre indivíduos e veículos e todo o sistema de transmissão de conteúdo englobado. A teoria sempre defende que a existência de uma mídia deve ser submetida a uma necessidade, existência influenciada por demandas sociais. Um de seus teóricos, Paul Lazarsfeld, em resumo defende a ideia do “Todos ou nenhum, que nenhum meio substitui o outro, e sim que se complementam”. Como diria Raul Seixas, uma “metamorfose”, sim, o jornalismo com toda sua história precisa se adaptar. Mário Erbolato, pesquisador e professor, explica que isso já ocorreu antes, com o surgimento da rádio e TV; “à imprensa coube, então, verificar as suas possibilidades, diante da televisão e do rádio, pesando as desvantagens e vantagens, para poder aperfeiçoar e ampliar o que lhe fosse favorável. Somente assim conseguiria vencer a concorrência e sair vitoriosa, quando muitos previam que os jornais iriam falir e morrer, com o desenvolvimento do noticiário falado e com imagens movimentadas no vídeo”. (ERBOLATO, 1991, p. 28).  Um grande amigo, Vito Giannotti, homem apaixonado pela comunicação, sempre me dizia, "Devemos trabalhar muito mais a comunicação, porque a comunicação hoje tem mais peso que cinquenta anos atrás". 
Para quem é apaixonado pelo jornal impresso como eu podemos dizer que em curto prazo ele não vai acabar, entretanto fica uma pergunta: E em longo prazo, será que os jornais podem desaparecer? É uma pergunta que intriga a todos, jornalistas entre outros pesquisadores. Eu amo ler, mas leio livros impressos, leio jornais impressos, revistas impressas. Sou antigo mesmo e gosto de sentir o papel nas mãos, o cheiro do jornal, mania de pessoas medievais. E você, gosta de ler notícia impressa ou online?



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