sábado, 30 de julho de 2016

Uma vida só; assim devemos de pensar

Foto: Regis Thiago/TJM

Por Regis Thiago

“Tanto multiplicamos os bens materiais para tentar nos proteger que acabamos nos esquecendo de viver”- Sebastião Salgado. Com essa frase começo essa reflexão hoje.
Por trás de diversas fisionomias estão escondidos, segredos dos mais ocultos, diversos mistérios. Vejo desejos insatisfeitos, uma espécie de arrependimentos por nunca terem vivido a vida da forma que queriam ou querem. Você está feliz por habitar em um mundo alicerçado em segurança de verdades previsíveis? Faça essa pergunta a você mesmo. Vejo as pessoas viverem a convicção de um caminho sem tropeços, sem turbulências, sem cores, sem alegrias e tristezas, sem paixões e com isso estarem apenas contentes com a comodidade robótica de um sistema falido.
Será esse é o viver das pessoas?  Sou um mero mortal considerado por muitos um louco por pensar dessa forma, por tentar muitas vezes agir dessa maneira, mas eu vivo uma vida turbulenta, cheia de erros e acertos. Não tenho medo de assumir riscos, de reconhecer erros ou de me contentar com acertos. Também não tenho uma visão em se apegar a bens materiais, sim, é um mal necessário, no entanto, quando nos tornamos escravos deles, aí é onde mora o perigo. Sacrificamos família, amigos, amores, apenas por estarmos cegos e corrermos atrás de uma comodidade que um dia irá se destruir. Tudo construído nessa terra, onde lutamos e sacrificamos tudo e todos para conquistar, ao morrermos ficará para as famílias brigarem, seja na justiça ou não, o importante é se beneficiar.
Não sei se estou certo ou errado de pensar assim, mas vou vivendo a vida da forma que podemos. Claro, até nesse mundo “globalizado” sofremos preconceitos, somos julgados por nossas atitudes, enfim, mas pelo menos poderemos ter a certeza de termos tentado acertar ou errar.  Tenho a experiência de ter vivido algumas situações com pessoas cheias da grana, onde olhavam e me diziam, “você com tão pouco é mais feliz que eu com tudo que eu tenho”. Eu sempre dava um sorriso e respondia com uma das filosofias do Chorão, “vivemos do lixo ao luxo e do luxo ao lixo, porque a vida prega muitas peças e podemos perder tudo, como podemos conquistar tudo, então viva para ser feliz e não viva em vão”.
O tempo passa muito rápido para nos preocuparmos com coisas e mais coisas, temos sonhos e precisamos correr atrás deles. Uma vida só; assim devemos de pensar.

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