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A Editora Record lança, neste mês, o último livro do
ensaísta, filósofo, semiólogo e linguista Umberto Eco. A obra A definição da arte apresenta
conjunto de ensaios escritos de 1955 a 1963. O lançamento ajuda a compreender a
evolução temática das pesquisas do escritor que o levaram, por exemplo, ao
desenvolvimento da noção de “obra aberta” e às análises dos problemas da
comunicação.
Nesta obra, Eco coloca em questão o problema filosófico
da possibilidade de definição da arte diante das estéticas contemporâneas. O
livro é dividido em três partes: na primeira, são apresentados ensaios
históricos e teóricos, nos quais o autor esmiúça definições da antiga estética
indiana, da estética medieval e de algumas correntes dos últimos dois séculos,
além de examinar as posições de estudiosos contemporâneos, como Benedetto
Croce, a teoria da formatividade de Luigi Pareyson e o tema filosófico da “morte
da arte”, por exemplo.
Com aprofundamento nas poéticas de vanguarda, Eco
introduz a segunda parte na discussão sobre o problema da obra aberta e discute
o conceito de forma na arte contemporânea, falando sobre música, fotografia,
cinema e artes plásticas. Por fim, o italiano fecha sua reflexão com dois
textos sobre método, que podem ser encarados como espécie de introdução de seus
trabalhos posteriores.
Eco nasceu em Alexandria em 1932, na região italiana do
Piemonte. Foi filósofo, medievalista, semiólogo e midiólogo. Estreou na ficção
na década de 1980, com o sucesso O nome da rosa, seu romance mais
conhecido. Sua carreira contou, ainda, com obras como O pêndulo de Foucault, História da beleza e História da feiúra. Seu romance
mais recente, Número
zero, foi lançado no Brasil pela Record em 2015. O escritor morreu
em fevereiro deste ano, aos 84 anos.
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