segunda-feira, 14 de março de 2016

Editora Record publica último livro de Umberto Eco

Foto: Divulgação
A Editora Record lança, neste mês, o último livro do ensaísta, filósofo, semiólogo e linguista Umberto Eco. A obra A definição da arte apresenta conjunto de ensaios escritos de 1955 a 1963. O lançamento ajuda a compreender a evolução temática das pesquisas do escritor que o levaram, por exemplo, ao desenvolvimento da noção de “obra aberta” e às análises dos problemas da comunicação.

Nesta obra, Eco coloca em questão o problema filosófico da possibilidade de definição da arte diante das estéticas contemporâneas. O livro é dividido em três partes: na primeira, são apresentados ensaios históricos e teóricos, nos quais o autor esmiúça definições da antiga estética indiana, da estética medieval e de algumas correntes dos últimos dois séculos, além de examinar as posições de estudiosos contemporâneos, como Benedetto Croce, a teoria da formatividade de Luigi Pareyson e o tema filosófico da “morte da arte”, por exemplo.

Com aprofundamento nas poéticas de vanguarda, Eco introduz a segunda parte na discussão sobre o problema da obra aberta e discute o conceito de forma na arte contemporânea, falando sobre música, fotografia, cinema e artes plásticas. Por fim, o italiano fecha sua reflexão com dois textos sobre método, que podem ser encarados como espécie de introdução de seus trabalhos posteriores.

Eco nasceu em Alexandria em 1932, na região italiana do Piemonte. Foi filósofo, medievalista, semiólogo e midiólogo. Estreou na ficção na década de 1980, com o sucesso O nome da rosa, seu romance mais conhecido. Sua carreira contou, ainda, com obras como O pêndulo de Foucault, História da beleza e História da feiúra. Seu romance mais recente, Número zero, foi lançado no Brasil pela Record em 2015. O escritor morreu em fevereiro deste ano, aos 84 anos.

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